No dia 25 de maio, comemorado o Dia Nacional das Costureiras. Muitas dessas mulheres entram nesta área por necessidade de trabalhar, mas acabam se apaixonando pela profissão e fazem do trabalho a principal fonte de renda.
Foi-se o tempo em que a imagem da costureira era uma senhorinha de óculos num canto do quarto. Hoje, mulheres aprendem a costurar cada vez mais jovens, que atualmente contam com máquinas muito modernas, que aprimoram ainda mais o trabalho.
Polo de Moda
Itapetininga é sede de um dos 56 Polos Regionais da Escola da Moda, uma parceria do Fundo Social do município com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp). O objetivo do Polo é capacitar monitoras dos municípios vizinhos, para ensinar alunos dos Fundos Sociais da região.
Atualmente, os cursos de Costura do Fundo Social de Itapetininga contam com 63 alunas. O curso de Modelagem tem duração de oito meses e o de Costura Industrial, quatro. O Polo de Moda também tem duração de quatro meses.
Recentemente, uma empresa da cidade procurou o Fundo Social atrás de costureiras para trabalhar. 12 alunas foram indicadas, se saíram muito bem e foram elogiadas.
Ana de Paula, além de monitora, tem seu próprio negócio. “Comecei a costurar aos 16 anos, por necessidade, mas não era o que eu queria para minha vida. Aos 18, cursei Modelagem, no ano seguinte, entrei na faculdade de História e algum tempo depois, fui convidada para dar aula de Costura Industrial no Fundo Social da cidade”, conta.
Ela montou seu próprio atelier há dois anos. Com quatro funcionárias, duas delas suas alunas, ela confecciona peça para duas empresas. E anima quem quer entrar nesta área: “O mercado é vasto. É possível trabalhar em casa, ter seu próprio atelier ou ainda prestar serviços em indústria”.
Conheça mais sobre o Polo Regional da Escola da Moda
Os municípios sede do Polo de Moda recebem um kit composto por 10 máquinas de costura, quatro mesas para modelagem, 20 cadeiras, conteúdo didático e recurso financeiro para aquisição de insumos.
Itapetininga já capacitou quase 20 municípios e formou mais de 40 monitoras.
Um pouco de história
Registros históricos mostram que as primeiras agulhas utilizadas para a costura datam de 30 mil anos e eram feitas de marfim e ossos de animais. A tecelagem, que é a arte de cruzar fios para fazer tecidos, teria mais de cinco mil anos. Na época, os fios eram feitos de pelos e couro de animais de caça.
No início, as roupas serviam apenas para que as pessoas não ficassem nuas ou para se protegerem do frio. Mas ainda na Antiguidade, as roupas já tinham caráter estético e eram usadas para enfeitar, como entre os povos egípcios e persas.
Na Idade Média surgiram os tecidos em algodão e a costura virou uma profissão, normalmente passada do artesão para seu aprendiz.
Hoje, as máquinas de costura vão das mais simples, até as modernas, com sistema eletrônico. Segundo a monitora do Fundo Social de Solidariedade, Ana de Paula, mesmo as máquinas mais modernas exigem um bom conhecimento da costureira.
ITAPETININGA