O Centro de Atenção Psicossocial realizará um movimento em prol da Luta Antimanicomial, no dia 23 de maio, à partir das 8h na Praça Peixoto Gomide. O Movimento da Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio, nasceu do Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, em 1987, dando origem à Reforma Psiquiátrica. Antes, pessoas que sofriam de transtornos mentais eram excluídas totalmente da sociedade e do convívio familiar, sendo obrigadas a viverem presas em manicômios e tratadas por terapia quase que unicamente medicamentosa.
A Luta Antimanicomial consiste em evitar internações em hospitais psiquiátricos sem perspectivas de retorno e possibilitar às pessoas com transtornos mentais um tratamento integrado à sociedade e família. A internação deve ser breve e ocorrer somente nos casos graves. No entanto, há uma resistência cultural a respeito do tratamento fora dos hospitais, uma vez que por anos a única forma de tratamento era a internação em que consistia tirar o doente do convívio familiar e da sociedade, ocorrendo para muitos a internação para o resto da vida.
Uma das conquistas desse movimento foi a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos. Desde então, o Brasil tem fechado leitos psiquiátricos e aberto serviços substitutivos: os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), as Residências Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivências, as Oficinas de Geração de Renda, etc.
Nosso município está de acordo com as propostas atuais de saúde mental. Hoje temos em funcionamento o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), que tem a missão de oferecer tratamento diurno às pessoas que sofrem de transtornos mentais severos e persistentes, oferecendo cuidados clínicos e de reabilitação psicossocial, com o objetivo de substituir o modelo hospitalocêntrico. Na rede de saúde mental, existe também o CAPS AD, destinado a dependentes químicos, Núcleo da Criança e Casa do Adolescente.
O usuário da saúde mental, que recebe um acompanhamento psiquiátrico adequado e conta com um apoio familiar, poderá ter uma melhor qualidade de vida, bem como trabalhar, estudar, constituir família, entre outros. Por isso, comemorar a data proporciona um momento de trazer para a sociedade a reflexão sobre a loucura, doença mental e os possíveis tratamentos.
ITAPETININGA