.
Acessibilidade
.
.
.
.
.
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
.
.
.
Notícias por Categoria
Confira os detalhes
Na Campanha “Janeiro Roxo”, que marca o mês de conscientização sobre os cuidados e a prevenção da hanseníase, a Secretaria da Saúde reforça a necessidade de atenção, mobilização e combate à doença. As ações do Janeiro Roxo também visam lembrar da importância do diagnóstico precoce e do tratamento que é ofertado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além da luta contra o preconceito.
A técnica de enfermagem, atualmente em licença, J.S., 65 anos, é um exemplo. Diagnosticada há cerca de três anos com doença, ela prefere não se identificar. – “Todos da família sabem e, inclusive, também fizeram o teste, mas como eu sei do preconceito, eu não conto [para as outras pessoas]”, explica durante nossa conversa.
Desconfiada de uma mancha na perna, ela foi uma das pessoas que passaram pela Praça Peixoto Gomide, na área central, durante uma das ações da Secretaria da Saúde de prevenção à Hanseníase. Um diagnóstico preliminar apontou alterações e, imediatamente J.S. foi encaminhada para o Ambulatório Especializado Municipal, anexo à unidade de saúde do Jardim Mesquita. Lá, a suspeita foi confirmada.
“A mancha foi um sinal para eu ir ver o que era, mas no diagnóstico apareceu que a doença estava mesmo afetando meus nervos. Era muita dor nas articulações. Foi um sinal de Deus”, conta a idosa, expressando sua fé.
J.S., que também é artista plástica, conta que graças ao tratamento, hoje já não transmite a doença. Ela relata que desde o primeiro momento em que recebeu o diagnóstico positivo teve todo o atendimento e suporte dos serviços de saúde oferecidos pela Prefeitura de Itapetininga necessários ao tratamento da doença.
“O atendimento do Ambulatório Especializado Municipal é um espetáculo. É como se fosse particular. A médica e a equipe são maravilhosas. Até hoje me dão toda assistência. A Prefeitura também fornece todos os remédios de graça. Não precisei comprar nada, nem o PQT”, disse mencionando a poliquimioterapia (PQT) que cura a hanseníase, interrompe a transmissão e previne as deformidades.
Outro diferencial no tratamento, segundo a paciente, são as terapias oferecidas de graça pelo Centro Municipal de Reabilitação e que têm contribuído muito para uma melhor qualidade de vida. Para minimizar as sequelas da doença, a idosa passa por sessões de fisioterapia e acupuntura periodicamente.
“Para dar uma nota de 0 a 10 para o Centro de Reabilitação, minha nota é 1.000”, diz J.S., e complementa – “O atendimento é impressionante”.
Perguntada sobre qual a mensagem ela deixa para as pessoas que apresentem sintomas ou sinais da Hanseníase, J. S. é categórica.
“Que no primeiro momento, imediatamente, procurem um posto de saúde e que, na dúvida, façam o teste para a doença. A dor é imensa”, conclui a técnica de enfermagem.
Procure a unidade de saúde mais próxima
Em Itapetininga, todas as Unidades de Saúde realizam o primeiro atendimento aos pacientes com sinais e sintomas da Hanseníase e, se necessário, realizam o encaminhamento para o tratamento no ambulatório especializado do município. A cidade encerrou 2022 com o registro de um caso da doença.
“Falar sobre a hanseníase com o objetivo de conscientizar e orientar a população, além de desmitificar o tema contribui muito para o diagnóstico precoce e diminuição da resistência ao tratamento médico. O preconceito e a falta de informação ainda podem dificultar a eficácia da cura. A hanseníase não é mais uma doença vista como no passado, hoje ela tem tratamento e cura, ofertados gratuitamente pelo SUS”, reforça a enfermeira do Núcleo de Educação Permanente da Secretaria de Saúde – (NEP).
O enfrentamento da hanseníase é feito a partir do diagnóstico precoce e do tratamento de todos os casos diagnosticados até a alta por cura. Mas, se a doença não for tratada oportunamente, há riscos de complicações graves e danos irreversíveis.
“Os pacientes com sinais ou sintomas precisam se dirigir à unidade de saúde mais próxima de sua casa e, havendo o diagnóstico, seguir as orientações da equipe de saúde do ambulatório especializado para que sejam obtidos os melhores resultados no tratamento e controle da doença”, afirmou a profissional de saúde.
Sintomas
Ao apresentar um dos sintomas sugestivos da doença, o cidadão deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua casa para a avaliação da equipe de saúde. Os sintomas mais frequentes são:
- Uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. (Ex: a pessoa se queima e se machuca sem perceber);
- Caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos;
- Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo de nervos dos braços, mãos, pernas e pés;
- Áreas da pele com diminuição dos pelos e do suor;
- Engrossamento do nervo que passa no cotovelo, levando à perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do 5º dedo.
Ação na Feira Livre da Praça Peixoto Gomide
As equipes da Secretaria de Saúde realizam, no dia 15 de janeiro, na Feira Livre da Praça Peixoto Gomide, das 8 ao meio-dia, uma ação de mobilização da Campanha “Janeiro Roxo”.
O objetivo é levar os profissionais da rede básica de saúde a locais públicos de grande fluxo de pessoas para conscientizar e orientar a população sobre os sintomas, a detecção precoce e riscos da Hanseníase.
SERVIÇO:
Campanha “Janeiro Roxo” – combate à Hanseníase
Data: 15 de janeiro
Horário: das 8 ao meio-dia
Local: Feira Livre da Praça Peixoto Gomide – área central