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Itapetininga fecha o cerco no combate à dengue com ações e prevenções
Uma mobilização preventiva constante. Assim tem sido feito o trabalho de combate à dengue em Itapetininga, em ações permanentes, que se estendem no decorrer do ano e que, além de levar em conta a eliminação de focos do mosquito Aedes Aegypti, destaca a maior conscientização dos moradores e utiliza estratégias e parcerias criativas na prevenção à doença.
Os números no município com relação à doença apontam que embora as ações contínuas realizadas pelas equipes de Controle de Vetores, setor do Departamento de Vigilância Epidemiológica vinculado à secretaria de Saúde, estejam sendo decisivas no controle, é necessária uma conscientização coletiva ainda maior da população no combate ao mosquito.
Até o momento, o município registra 75 casos positivos da doença. Os dados, entretanto, são um indicativo de que as ações de controle não podem parar, ainda que o momento seja atípico, com o desafio da Covid-19.
De acordo com o supervisor Geral de Controle de Vetores, Fabrício Protázio, a pandemia não foi obstáculo para a ações das cinco equipes do setor. Todos os protocolos sanitários e de segurança foram adotados pelos profissionais que realizam o trabalho de campo.
“Em 2020, em menos de 50 dias, a equipe já visitou o equivalente a quase 50% da cidade, isso somando todas as atividades desenvolvida por eles. Só em bloqueio e nebulização juntos, totalizaram 62 bairros contemplados. Mesmo com a pandemia sempre tomando todas as precauções necessárias para que a Covid-19 não fosse disseminada entre nossos profissionais ou à população, as atividades não foram interrompidas”, comenta o supervisor.
Protázio também destaca a continuidade da ampla atuação das equipes em 2021.
“Entre as atividades de visitas de rotina, bloqueio para controle de criadouros e pesquisa para avaliação de densidade larvária, foram percorridos em 2021 até o presente, 17.696 imóveis no município. Já em 2020 inteiro, foram 279.384 imóveis”, enfatiza.
Além do empenho e determinação dos 41 agentes envolvidos nesta força-tarefa, um outro fator determinante para o bom resultado das ações está na criatividade das estratégias desenvolvidas no combate ao mosquito.
Uma dessas iniciativas que se destacam neste quesito é a coleta de pneus que integra uma parceria entre o Poder Público, iniciativa privada e sociedade civil.
O processo é simples. Uma empresa especializada na coleta de pneus, a Coleta Reversa, em parceria com a Prefeitura de Itapetininga, coleta pneus inutilizados de estabelecimentos como borracharias, bicicletarias, lojas automotivas e destina corretamente esse material a outras empresas que realizam o processamento e beneficiamento para reaproveitamento. Uma cadeia de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.
Depois de cortados, recortados, triturados e separados os materiais como aço e borracha. Depois desse processo todos os pneus triturados podem ser usados para a fabricação de quadro de grama sintética, asfalto, borracha, pisos e artefatos de borracha diversas. O material também é utilizado para abastecer a queima das caldeiras de grandes fabricantes de cimento da região.
De acordo com os sócios, Sinésio Rodrigues e Marcos Leonardo, a adesão e consciência da população vem aumentando com o passar dos anos.
“Quando a empresa foi criada, em 2017, ela estava fazendo de 10 a 15 toneladas para a destinação final. De 2020 para cá, estamos destinando de 160 a 210 toneladas ao mês. Nossa intenção é de chegar a 450 a 500 toneladas / mês”, comentam entusiasmados com a expectativa de crescimento.
Os empresários destacam também que de janeiro deste ano até o momento já foi destinada corretamente uma média de 270 toneladas de pneus.
Os estabelecimentos comerciais que quiserem aderir à coleta de pneus podem entrar em contato com a empresa pelos telefones ou Whatsapp (15) 99195-0065, (15) 99623-2713 ou (15) 99627-5069. É feito um agendamento e a empresa realiza a coleta dos pneus. O material também pode ser levado diretamente ao barracão que fica à rua Antonia de Medeiros Ferreira, 204, no Jardim Bela Vista. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.
Outras empresas também têm se mobilizado em parcerias no combate à dengue.
A CCR SPVias, em parceria com a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), realizou no último dia 3 de março um mutirão de limpeza em combate ao mosquito Aedes Aegypti, em Itapetininga e região.
As atividades aconteceram na Rodovia Francisco da Silva Pontes (SP 127), entre o Km 159 e 170, das 9h às 12h e fizeram parte de uma ação conjunta com todas as concessionárias de rodovias de SP, que buscam intensificar o trabalho nas margens e nos canteiros centrais das estradas, recolhendo lixo e materiais que possam se tornar criadouros.
Além dessas ações, a CCR SPVias também veiculará mensagens sobre o tema por meio dos seus painéis de mensagem (PMV’s) e em seu site www.spvias.com.br.
De acordo com a responsável pela Conservação Rodoviária da CCR SPVias, Patrícia Yamaguchi, o mutirão ampliará as atividades já realizadas no trecho de concessão.
“A limpeza das rodovias é executada rotineiramente. E por isso solicitamos aos usuários e moradores que nunca descartem resíduos domésticos e outros materiais na rodovia, pois além de causar danos ao meio ambiente, também podem causar acidentes”, afirma.
O Aedes Aegypti tem se caracterizado como um inseto de comportamento estritamente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em reservatórios de água nas matas. Devido à presença do vetor no ciclo de transmissão da doença, qualquer epidemia de dengue está diretamente relacionada à concentração da densidade do mosquito, ou seja, quanto mais insetos, maior a probabilidade delas ocorrerem. Por isso, é importante conhecer os hábitos do mosquito, a fim de combatê-lo como forma de prevenção da doença.
Os ovos não são postos diretamente na água limpa, mas milímetros acima de sua superfície, em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos e esses eclodem em poucos minutos. Em um período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito. A densidade natural do mosquito é maior no verão, pois nessa estação temos maior intensidade de chuvas, que aumenta a oferta de criadouros onde a fêmea pode deixar seus ovos, e altas temperaturas, que aceleram o desenvolvimento do mosquito entre as fases de ovo-larva-adulto.
Além das vistorias de rotina aos imóveis para identificar os possíveis criadouros e orientar os moradores na eliminação dos focos do mosquito, as equipes também realizam o trabalho de bloqueio com nebulização às áreas onde já foram constatadas confirmações da dengue. Essa ação com aplicação de inseticida ataca os mosquitos contaminados com a doença para que a transmissão não ocorra, ou quando já iniciada, seja interrompida. São utilizados, em média, três litros do produto por dia.
Bairros como o Distrito do Tupy, Vila Arruda, Vila Carolina, Jardim Brasil e Jardim Paulista já receberam este serviço. Todos esses lugares estão controlados e são monitorados pela equipe da Vigilância Epidemiológica.
Só nas atividades de bloqueio e nebulização, as equipes já percorreram neste ano mais de 2 mil imóveis. Nestas atividades, todos os tipos de imóveis que estiverem dentro da área selecionada recebem a aplicação do inseticida, sejam eles; residências, comércios, áreas públicas, construções ou indústrias.
O supervisor Geral de Controle de Vetores, Fabrício Protázio orienta a população em como cada um pode colaborar no combate à dengue.
“As pessoas devem atentar-se para acúmulo de água em quaisquer objetos, utensílios ou estruturas existentes na residência, casa de familiares, vizinhança, local de trabalho e áreas públicas, para que não atraiam nem possibilite a instalação e procriação de mosquitos que possam transmitir a dengue. Isso pode ser realizado duas vezes por semana, reservando 10 minutos para limpeza e manutenção do local. Quando posto em prática este hábito e adotadas medidas coletivas de prevenção, é o suficiente para evitar a criação de mosquitos consequente a transmissão de doenças por eles transmitidas” explica o profissional.
Fabrício destaca que a ação conjunta entre Prefeitura e comunidade é fundamental para o sucesso dos trabalhos e o controle da doença no município.
“As denúncias de possíveis focos de mosquitos podem ser protocoladas através do WhatsApp Itapê Melhor no (15) 99815-4635, SAC 156, Atende Fácil no Paço Municipal ou na Vila Rio Branco ou ainda, diretamente no pelo telefone da equipe da dengue (15) 3373-6043, do setor de Controle de Vetores. Todos os serviços funcionam de segunda a sexta, das 9 às 17 horas”, conclui.
O Atende Fácil do Paço Municipal fica à Praça dos Três Poderes, 1000 – Jardim Marabá.
Já o Atende Fácil da Vila Rio Branco fica à avenida Padre Antônio Brunetti, 501 A, na Vila Rio Branco.