“Eu ainda não terminei o curso, mas estou tão confiante que estamos preparando um cômodo na minha casa para montar meu salão”. Com todo este ânimo, a diarista Adriana de Melo pretende trocar de profissão. E ainda garante que depois que se formar, continuará estudando.

A professora do curso de cabeleireiro do Fundo Social de Solidariedade, Deise Messias, conta o que sempre diz às suas alunas: “Aqui é o primeiro passo. Elas não podem parar de estudar nunca, porque o conhecimento sobre cabelo é infinito”. Ela trabalha na área há mais de 15 anos e com esta profissão consegue sustentar a família.

Atualmente, o Fundo Social conta com quatro turmas e cerca de 60 alunas. As aulas são realizadas em um salão equipado com secadores, pranchas, produtos capilares, cadeiras próprias e todo o aparato necessário para um bom aprendizado. Além da prática, as alunas também recebem embasamento teórico.

O curso é dividido em quatro módulos: lavagem e divisão, escova, corte e química. Para colocarem em prática tudo o que aprendem, ao final de cada módulo as alunas realizam em voluntários o que viram nas aulas, gratuitamente.

A professora lembra também que com apenas dois meses de curso muitas alunas já estão ganhando dinheiro trabalhando na área. “Normalmente, quem serve de modelo voluntariamente acaba virando cliente depois”, comenta.

É o caso da aluna Solange Lídio. Ela já havia feito um curso antes, mas não teve a oportunidade de terminar. “Agora retomei e quero ir até o fim. Mesmo já tendo uma noção, aprendo muita coisa nova aqui no Fundo Social”. Segundo ela, os clientes e amigos eram modelos no início e agora se tornaram clientes.

As inscrições para novas turmas dos cursos do Fundo Social abrem no início do segundo semestre. Para não perder o prazo, basta acompanhar o semanário oficial e os meios de comunicação locais.