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Cidades assinam termo de cooperação com Comitê Paralímpico Brasileiro

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Cidades assinam termo de cooperação com Comitê Paralímpico Brasileiro

A inclusão dos estudantes deficientes na atividade esportiva será levada para 25 municípios da região de Itapetininga. A reunião foi entre prefeituras e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), interessadas em assinar o termo de cooperação. O programa prevê a capacitação de professores da rede municipal de ensino, particularmente de educação física, para ampliar a inclusão dos estudantes na atividade esportiva. Este foi o primeiro evento da Subsecretaria da Pessoa com Deficiência. 

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, apontou que o coração da entidade é a inclusão. O esporte de alto rendimento é apenas uma das finalidades do órgão. Como exemplo, Conrado contou um pouco de sua história. Nasceu cego, realizou quatro cirurgias ainda bebê por nascer com catarata congênita e passou a enxergar. Aos nove anos, devido ao deslocamento de retina, novamente perdeu a visão até ficar cego aos 13 anos.

Quando foi informado sobre a perda da visão, a sua esperança de se tornar jogador de futebol tinha acabado. “O que é uma criança sem sonhos?”, perguntou para a plateia o presidente do Comitê. Em 1986, Conrado foi matriculado numa escola de cegos e ouviu um barulho. Eram crianças jogando futebol, mas com deficiência visual. “Entrei na escola e fui jogar futebol. Com a oportunidade, o sonho retornou”, acrescentou. Ele foi eleito o melhor jogador do mundo de futebol em 1998 e fez parte dos dois primeiros títulos paralímpicos do Brasil, em Atenas-2004 e Pequim-2008.

Conrado explicou que o Brasil possui uma das legislações mais modernas das Américas sobre o tema da Pessoa Com Deficiência. “Porém, temos que colocar todas as normas e leis na prática e nas vidas das pessoas”, enfatizou. “Mais importante que a reabilitação física é a reabilitação emocional. A atividade esportiva tem a capacidade de transformar a vida das pessoas”, completou o presidente do Comitê. 

A previsão, conforme o presidente, é capacitar no Brasil 100 mil professores para o esporte paralímpico até 2025. Atualmente, já estão habilitados 30 mil professores. Todos os cursos vinculados à instituição são de graça. 

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