A Prefeitura de Itapetininga implantará até a próxima terça-feira (21) mais uma unidade de Residência Terapêutica. Será a terceira unidade funcionando em menos de 30 dias. Os recursos para financiar o projeto são bancados pelos governos estadual e federal, mas gerenciados pela administração municipal. “São pessoas que ganharão autonomia. Por terem problemas de saúde, eram encarceradas”, aponta a secretária de Saúde.

         Para adequar o orçamento do ano passado, a Prefeitura enviou projeto de lei pedindo autorização para abertura de crédito especial no valor de R$ 920 mil. A verba já está dentro do orçamento, pois trata apenas de uma readequação.

         Cada Residência Terapêutica tem 10 pessoas. A intenção é que seus integrantes ganhem, a cada dia, mais confiança e autonomia para que possam ser incorporados à família. Lá terão apoio de cuidadores e equipe de enfermagem, além de uma renda fixa mensal. Parte dos internos é de Itapetininga que estava no Hospital Psiquiátrico Vera Cruz, e outra, em Salto e Registro.

“Eles tem ligação afetiva com Itapetininga”, diz a secretária da Saúde. O fechamento do Vera Cruz segue também o processo de desinstitucionalização do atendimento psiquiátrico na região.

O coordenador da saúde mental de Itapetininga, acompanhou a transferência dos novos moradores e enfatizou a importância da abertura das residências. “A criação das residências é fundamental para iniciar o processo de devolver a cidadania e para garantia de direitos humanos básicos para pessoas que foram excluídas do convívio social. Entendo que nosso trabalho está reparando uma dívida social”, concluiu.

O que são as Residências Terapêuticas

Essas unidades devem priorizar a reestruturação da rede social desses moradores por meio do trabalho, da educação, do lazer e de outras estratégias existentes na comunidade, que favoreçam a reabilitação psicossocial dos atendidos, explicam os técnicos da área. As “residências” fazem parte da Política de Saúde Mental do Ministério da Saúde e são partes essenciais no processo de desinstitucionalização e reinserção social dos pacientes dos hospitais psiquiátricos. As casas são mantidas com recursos financeiros, anteriormente, destinados à manutenção de leitos psiquiátricos.